Originalmente publicado no Linkedin por Ana Paula Simões
Aprender a aprender é fundamental, mas como desenvolver a musculatura de aprendizagem? Conversei com Alex Bretas e Mariana Bueno, dois especialistas em educação aplicada a organizações, e trago a seguir suas dicas (+ bônus) para a implementação de uma cultura de aprendizagem.
O contexto de transformações exponenciais impacta tão profundamente nossas vidas que o relatório Delors elaborado para a Unesco aponta que aprender a aprender é uma das competências fundamentais para o século XXI.
Então já sabemos que a habilidade de aprender é importante, e que a agilidade (não pressa) na aprendizagem é a chave para a inovação, mas também sabemos que poucos profissionais têm hábitos de aprendizagem bem desenvolvidos. O que seria, então, fundamental para que pessoas e organizações desenvolvam sua musculatura de aprendizagem?
Conversei com dois amigos que trabalham com educação corporativa, o Alex Bretas da Masters of Learning (MoL) Academy e a Mariana Bueno da Universidade Corporativa CVale, e pedi dicas baseadas em suas experiências com base nos princípios das comunidades de aprendizagem autodirigidas. Vejam a seguir as 6 sugestões que eles repassaram:
Segundo o Alex Bretas:
1. Precisamos ter consciência de que a educação tradicional “anestesiou” os hábitos de aprendizagem por conta própria. Precisamos resgatar essa capacidade depois de passar pelo processo de escolarização convencional.
2. É importante entrar em contato com aquilo que move a sua curiosidade e o seu interesse em aprender. É aí que a mágica começa.
3. Desenvolva uma rotina consistente de aprendizado, buscando, processando e compartilhando conhecimento.
Segundo a Mariana Bueno:
4. Primeiro passo é compreendermos que a aprendizagem está em todos os lugares e não somente dentro de uma sala de aula. Aprendemos em uma conversa, em uma reunião, ao ensinar um novo colega ou ao assistir um filme. É preciso estar atento a isso, observar-se e no final do dia responder a seguinte pergunta: o que eu aprendi hoje?.
5. O hábito da aprendizagem não é somente sobre quantos cursos ou livros você fez ou leu num ano, mas sim, o que você faz com esse conhecimento, como aplica em seu dia a dia. Quais as dificuldades e oportunidades percebe ao transpor a teoria para prática e principalmente se você compartilha essa sua aprendizagem.
6. Quanto às organizações, elas devem estimular um ambiente colaborativo favorável para troca e compartilhamento de aprendizagem. Colocar em prática a pergunta: “E o que você aprendeu com isso?” tanto nos momentos de acerto quanto nos de erro. Criar um espaço de escuta e incentivo para o colaborador discordar, questionar e apresentar novas ideias.
E ai vão duas dicas bônus: desenvolva seu fôlego emocional para lidar com as incertezas e inseguranças típicas do processo de aprendizagem, e tenha atenção às crenças limitantesque podem estar bloqueando o seu crescimento. Isso vai ajudar você e a organização a cultivarem um mindset de crescimento para navegar na complexidade do mundo de hoje.
Já experimentou colocar em prática alguma dessas dicas? Como foi? Que tal compartilhar nos comentários sua experiência e assim exercitarmos juntos nossa musculatura de aprendizagem?
Quer saber mais sobre o tema? Assista aqui ao podcast que gravei sobre o tema com o Alex, a Mariana e também com o Luis Sergio Ferreira da ReAprendiz, um jovem de 19 anos que é pesquisador independente e investiga como tornar a educação mais significativa, eficiente e saudável, para viver bem na Era Complexa.
Que tal identificar como está o seu mindset para aprender, se desenvolver e inovar? Saiba mais sobre o Software Mental Assessment e experimente expandir suas fronteiras mentais!