Por Siomara Vicenzi. O autoconhecimento é um tema que tem sido muito debatido há décadas, mas infelizmente muitas pessoas passam pela vida como sonâmbulas, sem atinar para a observação e à reflexão de si mesmas. Se conhecer é o primeiro passo para uma autoestima sadia, pois não gostamos daquilo que não conhecemos.
O autoconceito saudável é construído quando se assume e vivência dos traços pessoais positivos, sem sofrer com as próprias limitações. Resulta do somatório entre o que eu penso sobre mim, mais a imagem do que eu penso que os outros têm a meu respeito, não raro, equivocada. A imagem que tenho sobre mim pode ser medida comparando-se o “eu real” com o “eu idealizado”. Se o gap entre elas for muito grande, ou seja, quanto mais distante for o “eu idealizado” do “eu real”, maiores são as minhas expectativas, e consequentemente, maior é a probabilidade de sentir frustração. Quando há desaprovação do “eu real” se comparado ao “eu idealizado”, surge a baixa autoestima.
Vários fatores influenciam na construção da autoestima, desde as experiências vividas na infância, que em geral são as mais marcantes, até a fase adulta. Nunca paramos de criar novos conceitos e crenças sobre nós mesmos devido as experiências que acumulamos ao longo da vida. A autoestima se fortalece quando aprendemos a aceitar o que conhecemos de nós mesmos.
O comportamento aprendido é repetido , muitas vezes, de modo automático, inconscientemente. O passado não pode ser mudado, mas a percepção de nós mesmos pode ser alterada através da vontade, da compreensão do todo, da empatia em relação a história de vida do outro. Procurar por culpados não resolve, pois cada um dá o que tem. Não é possível dar o que não se tem!
Temos livre arbítrio para fazermos nossas próprias escolhas e somos os únicos responsáveis por nossos resultados. Um modo de melhorar o autoconceito é por meio da doação de si mesmo, da disposição de querer ajudar o próximo, pois é enriquecedor ver os resultados de nossas ações, do que somos capazes de fazer.
As pessoas com autoestima saudável têm mais energia, motivação e iniciativa. Em geral, estão mais atentas às oportunidades, aceitam o risco de enfrentar situações novas e não as veem como ameaça, mas como desafios, pois confiam na própria capacidade de enfrentá-los. Tendem a ser mais perseverantes diante de situações adversas, receptivas aos sinais internos da intuição e da criatividade, valorizando tanto suas qualidades quanto das outras pessoas.
Hoje, devido a constante busca por superação pessoal, quer seja no âmbito familiar ou profissional, somos levados a buscar maiores níveis de prosperidade. E de qual maneira a autoestima, o autoconceito positivo relaciona-se com a prosperidade?
A prosperidade – estado ou qualidade do que é próspero, ou seja, bem-sucedido, feliz e afortunado – reflete a forma como pensamos, inclusive quanto a nós mesmos, nossas qualidades, valores e crenças. O que caracteriza a prosperidade é a condição de constante desenvolvimento e progresso frente aos desafios da vida. As maiores barreiras para a prosperidade são as crenças limitantes e as emoções negativas acumuladas. Assim, quem tem autoestima saudável é mais propenso a ser próspero, porque sua forma de pensar é mais positiva, confiante e receptiva à transformação de suas crenças limitantes. Por isso, o autoconhecimento e o desenvolvimento do autoafeto sadio são fundamentais para o crescimento pessoal e o alcance de resultados mais prósperos.