Originalmente publicado no Linkedin por Ana Paula Simões
Imagine a quantidade de coisas que acontecem num hospital: as pessoas sendo atendidas, os profissionais se desdobrando, o volume de informações circulando pra dar conta da saúde de todos. Agora imagine tudo isso num hospital de referência num contexto de pandemia. Pode acrescentar aí pelo menos o dobro da complexidade e desafio de comunicação em relação a tempos de normalidade.
Esse foi o desafio apresentado pelo HCor para a websérie Visão Tecno-Humanista: como melhorar a comunicação em equipes multidisciplinares? No HCor há muitas funções, diferentes áreas de conhecimento e vários níveis hierárquicos. Uma comunicação fluida, precisa e transparente é fundamental para a efetividade e excelência dos serviços.
O Software Mental participou do time de especialistas que analisou o case HCor (acesse aqui o whitepaper do case) e apontou aspectos fundamentais em relação à cultura organizacional que precisam ser considerados no enfrentamento do desafio de comunicação. Destaco a seguir três aspectos essenciais para o contexto do hospital:
1. Ambiente em transformação acelerada
Segundo pesquisa realizada em 2020 pela PriceWaterhouseCoopers, 73% dos líderes corporativos brasileiros acreditam que a cultura de suas organizações precisará sofrer uma mudança significativa nos próximos 3 a 5 anos.
Inovação, agilidade, excelência operacional e foco no cliente são apontadas como as principais qualidades que as organizações precisam incorporar à própria cultura para alcançar seus objetivos no médio prazo.
2. Mais rápidas, mais eficientes, mais lucrativas
Qual o impacto de uma cultura bem definida no desempenho operacional? Empresas que responderam SIM à questão “tenho uma cultura distinta que me dá vantagem competitiva” apresentam tendência duas vezes maior de crescer mais rapidamente e lucrar mais que a média do setor, além de levar estratégias a ação 2 vezes mais rápido (PwC, 2020).
3. Cultura ágil na saúde
Segundo pesquisa mencionada em entrevista com o Dr. Roberto Botelho, presidente da Fundação Adib Jatene, a cada 30 minutos ganho no tempo de atendimento de queixa de dor no peito reduz em 7% a mortalidade anual de doença coronária. Além disso, a insuficiência cardíaca implica em um custo para o Brasil da ordem de 22 bilhões de reais (Delloite, 2019).
Quando lidamos com vidas, velocidade e precisão são elementos absolutamente essenciais para o bem-estar do paciente, efetividade das ações de saúde e alocação de recursos do país.
E por onde começar ou aprofundar um processo de gestão da cultura organizacional? Destaco a seguir 4 elementos para trabalhar os aspectos mais profundos e geralmente ignorados em relação à implementação da cultura organizacional desejada:
1. Autopercepção mais próxima da realidade.
68% dos brasileiros concordam que os líderes formais e informais das empresas agem de acordo com as políticas e os valores da organização. Entre a alta liderança esse valor sobe para 79% e cai para 56% entre os colaboradores com cargos não gerenciais, demonstrando uma diferença de percepção acentuada. É comum achar que o problema é o comportamento do outro e não o próprio. Para mudar é preciso esclarecer o que e quem precisa mudar.
2. Melhorar a cultura para melhorar a comunicação.
Num cenário de transformação acelerada, a velocidade de resposta de uma organização está relacionada a ambientes de trabalho mais horizontalizados, ou seja, nos quais os profissionais, independente de suas formações, privilegiam a comunicação com foco no cliente, pautados em uma cultura de aprendizagem e resultados coletivos.
3. Mudar a cultura é mudar suas características ocultas.
A cultura organizacional se manifesta em três camadas, as duas primeiras são mais perceptíveis e mais comumente gerenciáveis: a cultura física (processos formais, prédios, produtos/serviços) e a cultura comportamental conhecida (normas, valores, processos informais). Mas há uma terceira camada oculta.
O inconsciente coletivo da organização manifesta-se através das crenças limitantes compartilhadas pelo grupo, independente dos níveis hierárquicos, dificultando a mudança de mindset que bloqueiam a livre implementação de novos processos e tecnologias. Como diria Peter Drucker “A cultura come a estratégia no café da manhã”.
4. Revelar os aspectos ocultos da cultura
Para mapear os aspectos ocultos da cultura e identificar o que e como mudar, disponibilizamos a plataforma online Software Mental Assessment – SMA – que utiliza de inteligência artificial para identificar os comportamentos e crenças limitantes específicas de indivíduos e grupos que impedem o desenvolvimento da cultura desejada.
Os relatórios individuais e coletivos do diagnóstico SMA permitem identificar os aspectos socioemocionais da cultura que precisam ser desenvolvidos para promover a capacidade de adaptação e o desenvolvimento da cultura ágil da organização. Os relatórios apontam aspectos focais para a gestão da mudança da cultura junto às lideranças e equipes.
Em todo o mundo as empresas longevas de sucesso têm em comum uma cultura clara, bem definida, que inspira os colaboradores e norteia as ações do dia a dia. Quanto antes cuidarmos da cultura das nossas organizações, melhor para os negócios e para as pessoas que dele fazem parte ou se beneficiam.
Sua empresa também vivencia desafios de comunicação em ambiente de negócios complexo e em mudança acelerada? Compartilhe aqui como tem sido esse desafio.
Quer conhecer mais a respeito do Software Mental Assessment? Entre em contato com nossos especialistas, teremos grande satisfação em trabalhar o case da sua organização.